sábado, 28 de abril de 2012

Localização


Os moinhos e lagares d’El Rei localizam-se na Rua Everard, também conhecida por rua da “Levada”, na margem direita do rio Nabão.
No século XII o rio chegava até à rua dos Moinhos, nome que ganhou na Idade Média quando ficava em frente aos moinhos da vila.  

Levada, finais do séc. XIX, António da Silva Magalhães , Colecção Particular Mª H. Mota Lima ,Arquivo Fotográfico Silva Magalhães


Se quiseres ver os lagares no satélite Google, clica aqui.

Construção


Quando fundaram Tomar, em 1160, os Templários construíram logo moinhos junto ao Nabão.
Se quiseres ver o concelho de Tomar, clica aqui.

O primeiro foral de Tomar, doado por D. Gualdim Pais em 1162, já falava de azenhas, ou seja, moinhos que moíam os cereais aproveitando a força da água.
A partir do século XV, a força da água também foi aproveitada para fazer funcionar os lagares que moíam a azeitona. 
Lagares d’El Rei, pintura de Maria de Lourdes Mello e Castro

Funcionamento


Os Templários ergueram um açude, hoje chamado dos Frades, desviando parte do rio Nabão para um canal, a levada. 
Fotografia: F. Piqueiro/Foto Engenho Fonte: ttt.ipt.pt

A água desviada para este canal passava por baixo dos moinhos, através de estreitos túneis.
Túnel que passa entre os dois lagares mais antigos: o do Alcaide-Mor e o do Secretário.

A sua força movia o mecanismo para fazer girar as mós que moíam os cereais.


                              No fim, a água saía pelo túnel.



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Desenvolvimento das construções


Dos lagares que chegaram aos nossos dias, os mais antigos são os que ficam junto à ponte Velha, o do Alcaide-Mor e o do Secretário.
 Lagares do Alcaide-Mor e do Secretário.

Os Lagares da Cruz e de Martim Teles nasceram quando o Infante D. Henrique era governador da Ordem de Cristo, no século XV.


Até 1912 estavam nos lagares os três símbolos de D. Manuel : a esfera armilar, a cruz de Cristo e o escudo nacional.

Lagar de Martim Teles, com a esfera armilar na fachada.

 O lagar da Cruz, demolido em 1912.
Esta imagem mostra um conjunto de homens a desassorear a Levada, retirando a areia que se ia acumulando.

Logo no início do século XX, Tomar foi a 5ª cidade do país a ter eletricidade. Em 1912, para alargar a central elétrica, o lagar da Cruz foi demolido.
          A “fábrica da luz eléctrica”, como era chamada, foi comprada por Manuel Mendes Godinho.


 Ainda no século XV surgiu mais um lagar, o Novo.


Lagar Novo, com o escudo nacional na fachada.



Para veres uma imagem a 360º dos lagares, clica aqui.

No reinado de D. Manuel foram ampliados os lagares da Ribeira Velha que passaram a chamar-se d’El Rei, dando o nome ao conjunto dos lagares. Foram demolidos em 1912.
No mesmo local foi erguida a moagem “A Portuguesa”, então construída por Manuel Mendes Godinho.
Moagem “A Portuguesa”


Atualmente, o conjunto dos lagares d’El Rei está a receber grandes obras e vai aqui funcionar o Complexo Museológico da Levada.

Os lagares vistos do terraço da moagem “A Portuguesa”, 2011. São visíveis as obras para a instalação do Complexo Museológico da Levada.





Os antigos lagares, a central eléctrica e as moagens, vão transformar-se num espaço museológico, além de uma sala polivalente e área administrativa.